terça-feira, 29 de junho de 2010

"O morro dos ventos uivantes"/ “Wuthering Heights”


Ano passado tive a felicidade de me indicarem para ler o romance de Emily Brönte, “O morro dos ventos uivantes”. E foi nesse livro que achei uma das passagens mais lindas que já li. Trata-se de uma das conversas de Cathy e Nelly narradora da história e empregada de Cathy.


“Os grandes desgostos que tive foram os desgostos de Heathcliff e eu senti cada um deles desde o início: o que me faz viver é ele. Se tudo o mais acabasse e ele permanecesse, eu continuaria a existir e se tudo o mais permanecesse e ele fosse aniquilado eu não me sentiria mais parte do universo. Meu amor por Linton é como a folhagem de um bosque: o tempo o transformará, tenho a certeza, da mesma forma que o inverno transforma o arvoredo. O meu amor por Heathcliff lembra as rochas eternas: proporciona uma alegria pouco visível, mas é necessário.
Nelly, eu sou Heathcliff! Ele está sempre, mas sempre, no meu pensamento não como uma fonte de satisfação que eu também não sou para mim mesma, mas como eu própria. Por isso não torne a falar da nossa separação ela é impossível “...

(O Morro dos ventos Uivantes, Emily Brönte)


Agora espero ver os filmes um de 1939 (William Wyler) e o mais recente de 1992 (Peter Kosminsky) com atuação de Juliette Binoche.

2 comentários:

  1. O chato é que o Morro tá virando modinha por causa dos bobinhos que curtem o crepusculo, eclipse, amanhecer, anoitecer, madrugada... E por ai vai...
    Aff

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  2. Sempre foi meu livro preferido, na verdade o primeiro livro "adulto" que li aos 13 anos. Bem, modismo as vezes tem suas vantagens, afinal um dia a moda acaba e só os fiéis continuaram.

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