quinta-feira, 10 de setembro de 2009


(Fotografia de Man Ray)

“Preocupar-nos mais com nossa consciência e ignorar a reputação, pois o que pensamos sobre nós mesmos é mais importante que o que os outros pensam”...

Isso parece algo fácil de ser praticado e vivido não é mesmo? Mas não é apesar de belas palavras das quais todos nós gostariamos de seguir.
Dificilmente deixaremos de pensar na opinião dos amigos, família, e tantas outras pessoas a nossa volta quando tomamos uma decisão que soará estranho nos olhos dos outros.
Se fosse fácil e natural, homossexuais não teriam receio em revelarem-se, as pessoas assumiriam suas idéias e segredos sem medo e vergonha, e tantos outros agiriam como são realmente sem medo de não ser aceitos e julgados diante dos olhos dessa sociedade hipócrita.
Raras são as figuras que conseguiram seguir esse modo de vida e são essas que admiro, apesar de ser covarde como você, seu irmão e nossos amigos que antes de pensar em si pensa no que o outro pensará sobre você.
Mas, tudo na vida é uma aprendizagem, alguém disse que a vida é uma escola, por tanto, Try... Como diria Janis Joplin...
Tentar... Tentar... Para sermos a mudança que queremos ver, nos preocupar mais conosco e depois com aqueles que nos julgam antes mesmo de saber quem somos...

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Entre o real e o imaginário


(Jean Seberg, acima atriz americana)

Entendo agora o quanto o imaginário colabora na felicidade do ser humano e o quanto às vezes pode parecer e ser difícil dividir o real do imaginário dentro de nós.
Nos colocamos em uma situação, criamos uma história em nossa mente a partir do que vivemos no presente, criamos as possibilidades que queremos para nós incluindo o outro e esquecemos naquele instante uma coisa importante, o outro, a sua posição.
É necessário imaginar e vivenciar o real ao mesmo tempo, estar sempre entendendo que a realidade faz parte da nossa vida, mas que ela pode não ser o que pensamos dela. Pode não ser a idéia ruim que temos dela.
Temos a livre escolha de decidir pelo imaginário ou pelo real, mas saber dividir e viver ambos são algo muito mais interessante e humano de viver.
As idéias devem ser expostas, o mundo precisa conhecê-las e você precisa conhecer o que o mundo pensa sobre elas. São necessárias as palavras claras e reais, para ser entendido e para poder entender. O outro pode não ser a escolha ruim.

domingo, 6 de setembro de 2009

“Se uma pessoa perguntar durante meia hora "eu", essa pessoa se esquece quem é. Outras podem enlouquecer. É mais seguro não fazer jamais perguntas - porque nunca se atinge o âmago de uma resposta. E porque a resposta traz em si outra pergunta"

Clarice Lispector

                                       (Jean Seberg, atriz americana)

Atrevo-me a  fazer essa pergunta, desobedecendo o conselho da querida Clarice de não fazer perguntas sobre se mesmo.
Quem eu sou?
Tento me concentrar, encontrar uma primeira resposta, mas certas perguntas são difíceis de responder. Decerto encontrarei varias durante esse processo de conhecimento sobre mim mesma, ou ainda não encontrarei nenhuma, ou me perderei ou enlouquecerei, como disse a Clarice. Mas agora que tenho essa pergunta escrita em minha mente preciso ir até o fim (ou até onde agüentar) e descobrir algo sobre mim, descobrir quem sou eu.
Corro o risco de me decepcionar e descobrir coisas ruins que todo ser humano tem, mas dificilmente reconhece. Posso descobrir flores e espinhos, mas agora é necessário fazer essa viajem em mim mesma.
Será longa essa viajem, com paradas para descansar a mente e voltar ao trabalho de reflexão. Minha passagem é o silêncio e logo tenho comigo papel e lápis para não correr o risco de esquecer-se de nada que minha alma me revelar nesses dias de analise mental sobre mim mesma.