domingo, 6 de setembro de 2009

“Se uma pessoa perguntar durante meia hora "eu", essa pessoa se esquece quem é. Outras podem enlouquecer. É mais seguro não fazer jamais perguntas - porque nunca se atinge o âmago de uma resposta. E porque a resposta traz em si outra pergunta"

Clarice Lispector

                                       (Jean Seberg, atriz americana)

Atrevo-me a  fazer essa pergunta, desobedecendo o conselho da querida Clarice de não fazer perguntas sobre se mesmo.
Quem eu sou?
Tento me concentrar, encontrar uma primeira resposta, mas certas perguntas são difíceis de responder. Decerto encontrarei varias durante esse processo de conhecimento sobre mim mesma, ou ainda não encontrarei nenhuma, ou me perderei ou enlouquecerei, como disse a Clarice. Mas agora que tenho essa pergunta escrita em minha mente preciso ir até o fim (ou até onde agüentar) e descobrir algo sobre mim, descobrir quem sou eu.
Corro o risco de me decepcionar e descobrir coisas ruins que todo ser humano tem, mas dificilmente reconhece. Posso descobrir flores e espinhos, mas agora é necessário fazer essa viajem em mim mesma.
Será longa essa viajem, com paradas para descansar a mente e voltar ao trabalho de reflexão. Minha passagem é o silêncio e logo tenho comigo papel e lápis para não correr o risco de esquecer-se de nada que minha alma me revelar nesses dias de analise mental sobre mim mesma.

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